Escritores da Liberdade

Esse blog deveria falar apenas na minha relação de amor com o Sandro, meu amado noivo, das coisas que vivenciamos juntos, das emoções compartilhadas, mas vou abrir uma exceção para falar sobre um filme que assistimos hoje, um filme que mexeu comigo, por tratar de uma forma especial de coisas que eu aprecio e de sonhos que eu possuo. "Escritores da Liberdade" fala de uma professora, de apenas 24 anos, que assumiu como seu primeiro trabalho de docência uma turma do ensino médio americano, formada basicamente por membros de gangues, que não tinham nenhuma outra perspectiva de vida, a não ser sobreviver a mais um dia. Esse filme me comoveu não apenas por ser uma história real e com final feliz, mas principalmente porque mostrou a garra de uma professora iniciante, o desprendimento dela para atingir o seu objetivo, a gana por ensinar e construir uma perspectiva de futuro para aqueles jovens. Eu fiquei me perguntando, será que algum dia serei capaz de fazer isso? Serei capaz de conquistar o coração de algum aluno a ponto de trazer esperança para seu coração? De mostrar uma luz, um rumo, um norte? Será que eu mesma já descobri o meu rumo, o meu futuro? Se histórias como essa me comovem tanto, o que eu ainda estou fazendo atrás de um computador? Por que ainda não estou à frente de uma turma? Coragem, talvez? Oportunidade, não, essa eu preciso criar, se ela não existir. Estímulo? Quem me dará, a não ser eu mesma. Não posso menosprezar o que já consegui até agora, que é muito, e é lindo, só que não é o limite. Ainda posso mais, e vou atrás disso, só que sem jamais esquecer do caminho trilhado até aqui e das pessoas que estão e que sempre estiveram comigo. Por isso, antes que meus sonhos se tornem devaneios sem um final feliz, vou parando por aqui, para dar atenção ao meu amor, que é sem dúvida, o meu sonho realizado!

Presente mais do que especial

O Natal chegou, trazendo toda a magia e o encantamento que nos leva de volta à infância. Mas o meu presente, mesmo que anunciado, não teve nada de criança! Depois de tanto insistir para colocar uma aliança no dedo antes de nos mudarmos, o Sandro, amado e idolotrado, me pediu em casamento, com direito a discurso e pedido formal diante da minha mãe e dos meus sogros. O noivado enfim aconteceu. A aliança está na mão direita ainda, mas pelo menos já mudamos o nosso status, não somos mais namorados, agora somos noivos, e eu me orgulho em dizer isso! Estamos felizes, quase de malas prontas, já ansiosos para entrarmos na nossa casinha, organizarmos nossas coisas e enfim, começarmos a nossa família. Vai ser uma mudança difícil, por mais perto que seja, sair da casa da mãe é sempre uma ruptura. Algo que eu sabia que um dia aconteceria, mas que sozinha não teria coragem de fazer. Só com um incentivo muito forte e especial para sair, não pela questão do conforto e da tranqüilidade, mas principalmente para não deixá-la sozinha. Sempre fomos muito apegadas, e sair de casa significa cortar um elo que eu queria, mas não me sentia forte o suficiente para fazê-lo. Mas agora, com o meu noivo por perto, sempre junto e presente, tudo fica mais fácil e bonito.